Solicita-se a aceitação da traqueostomia como resposta correta, pelos motivos abaixo:
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 105), “um paciente com poucos sintomas, mas que apresenta obstrução subglótica que dificulta muito ou mesmo impossibilita a intubação em uma situação de urgência, deve ser submetido a algum procedimento que garanta uma via aérea segura”.
Além disso, o texto afirma: “Casos mais graves de estenose laríngea podem levar à exaustão respiratória, necessitando de atendimento de emergência. Nesses casos, se a intubação orotraqueal não for bem-sucedida, traqueostomia de emergência deve ser realizada até que o tratamento definitivo seja instituído”
Portanto, embora não seja terapêutica definitiva, a traqueostomia está claramente indicada e documentada como uma opção cirúrgica válida e salvadora, especialmente em graus avançados de obstrução laríngea, como na estenose subglótica grau 3 ou 4.
De acordo com o Tratado de Otorrinolaringologia, “as lesões pré-malignas da laringe compreendem um amplo espectro de alterações epiteliais que vão desde a hiperplasia epitelial até o carcinoma in situ […] essas alterações morfológicas que ocorrem no epitélio da laringe se traduzirão, em algum momento de sua progressão, em uma lesão que pode se apresentar clinicamente como uma leucoplasia”
Além disso, o texto destaca que “nenhum desses aspectos macroscópicos nos permite inferir correspondentes microscópicos específicos, e por isso deve-se sempre ser determinado por análise histológica”, reforçando a possibilidade de malignidade e a necessidade de investigação de câncer de laringe como diagnóstico diferencial.
Por outro lado, a presença de leucoplasia bilateral também pode ser sequela de microcirurgia laríngea prévia, que pode alterar a arquitetura epitelial e predispor à formação de placas leucoplásicas ou áreas de ceratose por trauma vocal ou cicatrização alterada. O próprio capítulo reconhece a presença de alterações estruturais associadas em pacientes submetidos à microcirurgia laríngea, especialmente quando há fibrose ou rigidez residual.
Assim, solicita-se que as hipóteses diagnósticas CÂNCER DE LARINGE e MICROCIRURGIA PRÉVIA DE LARINGE sejam aceitas como corretas, conforme o conteúdo do capítulo 116 Lesões Pré-Malignas da Laringe do Tratado.
Questão 8/11 – Laringologia – O gabarito preliminar contém decorticação, cordectomia e biópsia como respostas válidas. Sendo assim, é bem provável que considerem sua resposta como correta.
Solicita-se a inclusão do estesioneuroblastoma (neuroblastoma olfatório) como hipótese diagnóstica válida para o caso clínico apresentado. O paciente masculino, 62 anos, tabagista crônico, com obstrução nasal progressiva unilateral associada a rinorreia mucopurulenta e sangramentos recorrentes, apresenta quadro clínico compatível com tumoração nasossinusal maligna.
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 52), o estesioneuroblastoma é um tumor neuroendócrino maligno, originado da mucosa olfatória da fossa nasal superior, com predomínio no sexo masculino e distribuição etária que vai da 2ª à 6ª década de vida. Entre suas manifestações clínicas estão obstrução nasal, descarga nasal, dor facial, epistaxe e cacosmia — sintomas todos presentes no caso descrito.
Ainda de acordo com a referência, sempre que houver obstrução nasal unilateral persistente acompanhada de rinorreia sanguinolenta ou mucoespessa, deve-se considerar neoplasias malignas no diagnóstico diferencial, especialmente diante da falha terapêutica com antibióticos e corticoides.
Questão 35: “não avalia os estágios do sono
não informa o tempo real de sono, apenas o tempo de exame.
não avalia apneia posicional“
Seria uma resposta válida?
A sua primeira resposta já está contemplada nas respostas válidas do gabarito preliminar. As duas últimas também estão corretas mas não estão diretamente descritas no gabarito.
Se desejar entrar com recurso, segue o modelo:
Solicita-se a aceitação das seguintes respostas: “não avalia os estágios do sono, não informa o tempo real de sono, e não avalia apneia posicional”.
Essas respostas estão de acordo com o Tratado de Otorrinolaringologia, capítulo 175, que afirma que exames do tipo oximetria noturna ou poligrafia tipo IV (exame apresentado no caso clínico) apresentam limitações claras: não registram eletroencefalograma e, portanto, não identificam os estágios do sono, nem determinam o tempo total de sono (TTS). Como consequência, todos os índices calculados são baseados no tempo total de registro (TTR), o que compromete a precisão dos achados. Além disso, o exame não monitora posição corporal, o que inviabiliza a análise de apneia posicional, essencial em pacientes com suspeita de SAOS leve e padrão postural.
Cada questão da prova teórico-prática possui um valor específico entre 1-2 pontos. Cada matéria possui peso igual. No total, para aprovação é necessário acertar 60% ou mais da prova teórico-prática. Os valores específicos, comumente, são divulgados após a correção, na nota final.
Questão 19: granulomatoses (tuberculose nasal, granulomatose de wegener, por exemplo) não entraria como hipótese diagnostica?
Questão 20: daria pra colocar tbm lesão com desnsidade de partes moles em fossa nasal esquerda?
Questão 25: eritema multiforme poderia entrar nas hipóteses diagnósticas?
Questão 32: poderia ser “banda linear subepitelial
realce em hemodesmossomos”
Questão 40: terapia posicional (com bola de tenis nas costas por exemplo) não seria uma resposta?
Questão 43: “isquemia da bigorna por prótese muito apertada” não está correto?
Solicita-se a inclusão das granulomatoses nasais, como tuberculose nasal e granulomatose com poliangeíte (granulomatose de Wegener), como hipóteses diagnósticas válidas para o caso clínico apresentado.
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 63), a granulomatose com poliangeíte pode cursar com “obstrução nasal, rinorreia purulenta, epistaxe e crostas”, sendo a forma localizada restrita à via aérea superior, inclusive “com lesões ulceradas e necrosantes, e aspecto pseudotumoral”.
Quanto à tuberculose nasal, o Tratado afirma: “Os sintomas incluem obstrução nasal, secreção nasal purulenta e crostas. Lesões ulceradas e sangrantes podem ocorrer. Pode haver perfuração de septo ou destruição da pirâmide nasal”.
Finalmente, o Tratado ainda reitera que “A presença de secreção espessa unilateral, com odor fétido, e refratariedade ao tratamento clínico obriga à investigação de outras doenças, como processos GRANULOMATOSOS e tumores nasossinusais”
Questão 20: Sim, a banca deve considerar correta.
Questão 25: Não consideraria correto.
Questão 32: Sim, apesar de não está diretamente descrito na referência. Modelo de recurso abaixo.
Questão 40: Sim, já temos modelo de recurso pronto.
Questão 43: Não consideraria correto.
Segundo o livro Patologia Oral e Maxilofacial (Neville): “Estudos com imunofluorescência direta exibem uma banda linear contínua de imunorreagentes, geralmente IgG e C3, localizada na membrana basal”
Embora o termo “hemidesmossomos” não seja usado literalmente na referência, sabe-se que os antígenos-alvo do penfigoide bolhoso (como BP180 e BP230) são componentes dos hemidesmossomos, estruturas responsáveis pela adesão do epitélio à membrana basal.
Portanto, afirmar que há um “realce em hemidesmossomos” na IFD do penfigoide bolhoso é fisiopatologicamente correto. A deposição linear de IgG e C3 ao longo da membrana basal corresponde justamente à localização desses antígenos nos hemidesmossomos.
Dessa forma, solicito que “banda linear subepitelial com realce em hemodesmossomos” seja considerado correto.
Eles podem considerar correta sua resposta, especialmente o E, pois a carótida está dentro do canal carotídeo. Quando ao C, é difícil distinguir utrículo de sáculo na TC, especialmente com apenas um corte, por isso o gabarito consta como VESTÍBULO. Para ser mais preciso, ali estaria mais próximo do sáculo, sendo assim eu evitaria entrar com recurso, pois mesmo assim eles podem considerar correta sua resposta, pois o utrículo faz parte do vestíbulo.
43- OTOLOGIA:
AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO DE RESPOSTA:
– PERFURACAO DE MEMBANA TIMPANICA APOS CIRURGIA
– OTITE MEDIA AGUDA
TRECHO: “As complicações da cirurgia da OTC podem ocorrer durante o próprio procedimento, imediatamente após ou em longo prazo. A manipulação inadequada do retalho timpanomeatal pode ocasionar desde pequenas lacerações da pele até rompimentos da membrana timpânica.”
Capitulo: Otosclerose.
Não consideraria viável, pois a perda ocorreu 5 anos após a cirurgia, o que afastaria tais complicações. A OMA certamente poderia causar PA temporária, porém não há mais dados no caso que sugiram tal ocorrência.
40. SONO:
RESPOSTA PARA AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO:
– TERAPIA POSICIONAL
TRECHO: “Apesar da ausência de estudos adequados para avaliação do método ideal da terapia posicional e sua eficácia, ela é considerada uma boa opção de tratamento em pacientes com SAOS limitada à posição supina”
Capitulo: Apneia do sono Subitem: Terapia posicional
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia, “a posição supina piora a apneia obstrutiva do sono na maioria dos pacientes” e, em alguns, “a ocorrência de eventos obstrutivos restringe-se exclusivamente à posição supina”. Embora o texto se refira a SAOS leve, deixa claro que “ela [a terapia posicional] é considerada uma boa opção de tratamento em pacientes com SAOS limitada à posição supina”.
GB, note que o tratado fala sobre a terapia posicional na SAOS leve, mas não no ronco primário. Porém, o paciente apresenta os eventos respiratórios claramente associados a posição supina. Sendo assim, sem dúvidas se beneficiaria desse tratamento.
Se você optar por entrar com recurso, segue a sugestão abaixo:
Prezada banca,
O caso demonstra um paciente com roncos e polissonografia sem critérios para SAOS (IAH = 3,8), mas com padrão posicional evidente (IAH supino = 10,4; IAH não-supino = 1,7). Estes achados são compatíveis com quadro de ronco primário com padrão posicional, o que permite considerar a terapia posicional como conduta válida.
Solicita-se, portanto, a aceitação da TERAPIA POSICIONAL como alternativa correta.
TRECHO: “O diagnóstico do pênfigo vulgar deve ser confirmado pelo exame de imunofluorescência direta do tecido perilesional fresco ou do tecido acondicionado em solução de Michel. Com este procedimento, anticorpos (normalmente IgG ou IgM) e componentes do sistema complemento (normalmente C3) podem ser demonstrados nos espaços intercelulares entre as células epiteliais (Fig. 16-56) em quase todos os pacientes com essa doença. A imunofluorescência indireta é também tipicamente positiva em 80% a 90% dos casos, demonstrando a presença de autoanticorpos circulantes no soro do paciente. Da mesma forma, o ensaio de imunoabsorbância ligado à enzima (ELISA) pode ser utilizado para detectar autoanticorpos circulantes.”
Livro: Neville. Capitulo: Doenças dermatológicas
Questionamento: Dá para pedir anulação, já que no Neville ele orienta sobre pênfigo vulgar e não penfigóide bolhoso (diagnostico já estabelecido na questão)?
Pesquisando encontrei essa informação no Tratado, encontrei no capítulo 88:
O meio ideal para envio da amostra de biópsia para imunofluorescência direta no diagnóstico de penfigoide bolhoso é o meio de Michel. Esse meio é considerado ideal porque preserva os imunorreagentes aderidos ao tecido, permitindo uma marcação eficaz na imunofluorescência.
Então, dificilmente a banca aceitaria anulação da questão.
QUESTÃO 28. ESTOMATOLOGIA:
RESPOSTA PARA AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO:
– FLUCONAZOL ORAL
TRECHO:
“O fluconazol é uma alternativa menos tóxica e utilizada na dose de 200 mg ao dia por 14 dias. É uma droga classificada como risco C para gestantes e apresenta menor índice de interação com outras drogas do que o cetoconazol. Há risco de hepatotoxicidade.”
Capitulo: Lesões brancas de boca Subitem: Tratamentos tópicos
Solicito a revisão da questão referente ao tratamento da candidíase oral, pois o gabarito desconsiderou o fluconazol como uma opção correta. No entanto, segundo Patologia Oral e Maxilofacial (Neville et al.), o fluconazol é indicado como agente antifúngico sistêmico para candidíase oral, especialmente em casos de maior gravidade, imunossupressão ou falha de tratamentos tópicos. O próprio texto recomenda: “Para candidíase oral: dois tabletes (200 mg) no 1º dia e depois 1 tablete (100 mg) diariamente por 1 a 2 semanas”. Ainda afirma que o fluconazol é mais eficaz que o cetoconazol, sendo bem absorvido por via oral e de uso prático. Assim, é correto afirmar que o fluconazol constitui uma droga de primeira escolha em contextos específicos da prática clínica. Deste modo, solicita-se a anulação da questão ou a inclusão do fluconazol como alternativa correta, conforme a referência.
Referência:
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. p. 223-224
Respostas de 99
Questão 1/11 – Laringologia
– Luxação da articulação crico-aritenoidea
Poderia ser uma hipótese diagnóstica?
Questão 5/11 – Laringologia
– Traqueostomia
Poderia ser uma hipótese diagnóstica?
Questão 7/11 – Laringologia
– Câncer de laringe
– Microcirurgia prévia de laringe
Poderiam ser hipóteses diagnósticas?
Questão 8/11 – Laringologia
– Microcirurgia de laringe (para biópsia)
A resposta dessa forma será considerada corretará?
Questão 1/11 – Laringologia – Não é viável, pois a paciente já apresentava quadro respiratório prévio a intubação.
Questão 5/11 – Laringologia – Sim, segue modelo de recurso abaixo:
Prezada banca,
Solicita-se a aceitação da traqueostomia como resposta correta, pelos motivos abaixo:
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 105), “um paciente com poucos sintomas, mas que apresenta obstrução subglótica que dificulta muito ou mesmo impossibilita a intubação em uma situação de urgência, deve ser submetido a algum procedimento que garanta uma via aérea segura”.
Além disso, o texto afirma: “Casos mais graves de estenose laríngea podem levar à exaustão respiratória, necessitando de atendimento de emergência. Nesses casos, se a intubação orotraqueal não for bem-sucedida, traqueostomia de emergência deve ser realizada até que o tratamento definitivo seja instituído”
Portanto, embora não seja terapêutica definitiva, a traqueostomia está claramente indicada e documentada como uma opção cirúrgica válida e salvadora, especialmente em graus avançados de obstrução laríngea, como na estenose subglótica grau 3 ou 4.
Vocês poderiam compartilhar as páginas dessa referência? Não estou conseguindo acessar o PDF do tratado pra conferir.
Seria referente a questao 7/11
Questão 7/11 – Laringologia
De acordo com o Tratado de Otorrinolaringologia, “as lesões pré-malignas da laringe compreendem um amplo espectro de alterações epiteliais que vão desde a hiperplasia epitelial até o carcinoma in situ […] essas alterações morfológicas que ocorrem no epitélio da laringe se traduzirão, em algum momento de sua progressão, em uma lesão que pode se apresentar clinicamente como uma leucoplasia”
Além disso, o texto destaca que “nenhum desses aspectos macroscópicos nos permite inferir correspondentes microscópicos específicos, e por isso deve-se sempre ser determinado por análise histológica”, reforçando a possibilidade de malignidade e a necessidade de investigação de câncer de laringe como diagnóstico diferencial.
Por outro lado, a presença de leucoplasia bilateral também pode ser sequela de microcirurgia laríngea prévia, que pode alterar a arquitetura epitelial e predispor à formação de placas leucoplásicas ou áreas de ceratose por trauma vocal ou cicatrização alterada. O próprio capítulo reconhece a presença de alterações estruturais associadas em pacientes submetidos à microcirurgia laríngea, especialmente quando há fibrose ou rigidez residual.
Assim, solicita-se que as hipóteses diagnósticas CÂNCER DE LARINGE e MICROCIRURGIA PRÉVIA DE LARINGE sejam aceitas como corretas, conforme o conteúdo do capítulo 116 Lesões Pré-Malignas da Laringe do Tratado.
Questão 8/11 – Laringologia – O gabarito preliminar contém decorticação, cordectomia e biópsia como respostas válidas. Sendo assim, é bem provável que considerem sua resposta como correta.
Ana vc mandou na de traqueo? To pretendendo mandar
Mandei sim
Questão 19: estesioneuroblastoma não entraria como diagnóstico diferencial?
Sim, é uma hipótese plausível e justificável.
Prezada banca,
Solicita-se a inclusão do estesioneuroblastoma (neuroblastoma olfatório) como hipótese diagnóstica válida para o caso clínico apresentado. O paciente masculino, 62 anos, tabagista crônico, com obstrução nasal progressiva unilateral associada a rinorreia mucopurulenta e sangramentos recorrentes, apresenta quadro clínico compatível com tumoração nasossinusal maligna.
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 52), o estesioneuroblastoma é um tumor neuroendócrino maligno, originado da mucosa olfatória da fossa nasal superior, com predomínio no sexo masculino e distribuição etária que vai da 2ª à 6ª década de vida. Entre suas manifestações clínicas estão obstrução nasal, descarga nasal, dor facial, epistaxe e cacosmia — sintomas todos presentes no caso descrito.
Ainda de acordo com a referência, sempre que houver obstrução nasal unilateral persistente acompanhada de rinorreia sanguinolenta ou mucoespessa, deve-se considerar neoplasias malignas no diagnóstico diferencial, especialmente diante da falha terapêutica com antibióticos e corticoides.
Questão 35: “não avalia os estágios do sono
não informa o tempo real de sono, apenas o tempo de exame.
não avalia apneia posicional“
Seria uma resposta válida?
A sua primeira resposta já está contemplada nas respostas válidas do gabarito preliminar. As duas últimas também estão corretas mas não estão diretamente descritas no gabarito.
Se desejar entrar com recurso, segue o modelo:
Solicita-se a aceitação das seguintes respostas: “não avalia os estágios do sono, não informa o tempo real de sono, e não avalia apneia posicional”.
Essas respostas estão de acordo com o Tratado de Otorrinolaringologia, capítulo 175, que afirma que exames do tipo oximetria noturna ou poligrafia tipo IV (exame apresentado no caso clínico) apresentam limitações claras: não registram eletroencefalograma e, portanto, não identificam os estágios do sono, nem determinam o tempo total de sono (TTS). Como consequência, todos os índices calculados são baseados no tempo total de registro (TTR), o que compromete a precisão dos achados. Além disso, o exame não monitora posição corporal, o que inviabiliza a análise de apneia posicional, essencial em pacientes com suspeita de SAOS leve e padrão postural.
Obrigada! Teria a página do tratado? Esses estão solicitando capítulo e página para o recurso.
Pags 6339-6342
Como funciona a pontuação da prova prática? Quanto vale cada questão?
Cada questão da prova teórico-prática possui um valor específico entre 1-2 pontos. Cada matéria possui peso igual. No total, para aprovação é necessário acertar 60% ou mais da prova teórico-prática. Os valores específicos, comumente, são divulgados após a correção, na nota final.
Questão 19: granulomatoses (tuberculose nasal, granulomatose de wegener, por exemplo) não entraria como hipótese diagnostica?
Questão 20: daria pra colocar tbm lesão com desnsidade de partes moles em fossa nasal esquerda?
Questão 25: eritema multiforme poderia entrar nas hipóteses diagnósticas?
Questão 32: poderia ser “banda linear subepitelial
realce em hemodesmossomos”
Questão 40: terapia posicional (com bola de tenis nas costas por exemplo) não seria uma resposta?
Questão 43: “isquemia da bigorna por prótese muito apertada” não está correto?
QUESTÃO 19 GRANULOMATOSES NASAIS
Solicita-se a inclusão das granulomatoses nasais, como tuberculose nasal e granulomatose com poliangeíte (granulomatose de Wegener), como hipóteses diagnósticas válidas para o caso clínico apresentado.
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia (capítulo 63), a granulomatose com poliangeíte pode cursar com “obstrução nasal, rinorreia purulenta, epistaxe e crostas”, sendo a forma localizada restrita à via aérea superior, inclusive “com lesões ulceradas e necrosantes, e aspecto pseudotumoral”.
Quanto à tuberculose nasal, o Tratado afirma: “Os sintomas incluem obstrução nasal, secreção nasal purulenta e crostas. Lesões ulceradas e sangrantes podem ocorrer. Pode haver perfuração de septo ou destruição da pirâmide nasal”.
Finalmente, o Tratado ainda reitera que “A presença de secreção espessa unilateral, com odor fétido, e refratariedade ao tratamento clínico obriga à investigação de outras doenças, como processos GRANULOMATOSOS e tumores nasossinusais”
Questão 20: Sim, a banca deve considerar correta.
Questão 25: Não consideraria correto.
Questão 32: Sim, apesar de não está diretamente descrito na referência. Modelo de recurso abaixo.
Questão 40: Sim, já temos modelo de recurso pronto.
Questão 43: Não consideraria correto.
QUESTÃO 32 BANDA LINEAR
Segundo o livro Patologia Oral e Maxilofacial (Neville): “Estudos com imunofluorescência direta exibem uma banda linear contínua de imunorreagentes, geralmente IgG e C3, localizada na membrana basal”
Embora o termo “hemidesmossomos” não seja usado literalmente na referência, sabe-se que os antígenos-alvo do penfigoide bolhoso (como BP180 e BP230) são componentes dos hemidesmossomos, estruturas responsáveis pela adesão do epitélio à membrana basal.
Portanto, afirmar que há um “realce em hemidesmossomos” na IFD do penfigoide bolhoso é fisiopatologicamente correto. A deposição linear de IgG e C3 ao longo da membrana basal corresponde justamente à localização desses antígenos nos hemidesmossomos.
Dessa forma, solicito que “banda linear subepitelial com realce em hemodesmossomos” seja considerado correto.
Obrigada! Teria a página onde está a informação? Esses estão solicitando capítulo e página para o recurso.
Pag. 777 do livro impresso.
QUESTÃO 46. OTOLOGIA:
RESPOSTAS PARA AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO:
C- UTRICULO A ESQUERDA
E- CANAL CAROTIDEO A ESQUERDA
Eles podem considerar correta sua resposta, especialmente o E, pois a carótida está dentro do canal carotídeo. Quando ao C, é difícil distinguir utrículo de sáculo na TC, especialmente com apenas um corte, por isso o gabarito consta como VESTÍBULO. Para ser mais preciso, ali estaria mais próximo do sáculo, sendo assim eu evitaria entrar com recurso, pois mesmo assim eles podem considerar correta sua resposta, pois o utrículo faz parte do vestíbulo.
43- OTOLOGIA:
AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO DE RESPOSTA:
– PERFURACAO DE MEMBANA TIMPANICA APOS CIRURGIA
– OTITE MEDIA AGUDA
TRECHO: “As complicações da cirurgia da OTC podem ocorrer durante o próprio procedimento, imediatamente após ou em longo prazo. A manipulação inadequada do retalho timpanomeatal pode ocasionar desde pequenas lacerações da pele até rompimentos da membrana timpânica.”
Capitulo: Otosclerose.
Não consideraria viável, pois a perda ocorreu 5 anos após a cirurgia, o que afastaria tais complicações. A OMA certamente poderia causar PA temporária, porém não há mais dados no caso que sugiram tal ocorrência.
40. SONO:
RESPOSTA PARA AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO:
– TERAPIA POSICIONAL
TRECHO: “Apesar da ausência de estudos adequados para avaliação do método ideal da terapia posicional e sua eficácia, ela é considerada uma boa opção de tratamento em pacientes com SAOS limitada à posição supina”
Capitulo: Apneia do sono Subitem: Terapia posicional
Segundo o Tratado de Otorrinolaringologia, “a posição supina piora a apneia obstrutiva do sono na maioria dos pacientes” e, em alguns, “a ocorrência de eventos obstrutivos restringe-se exclusivamente à posição supina”. Embora o texto se refira a SAOS leve, deixa claro que “ela [a terapia posicional] é considerada uma boa opção de tratamento em pacientes com SAOS limitada à posição supina”.
GB, note que o tratado fala sobre a terapia posicional na SAOS leve, mas não no ronco primário. Porém, o paciente apresenta os eventos respiratórios claramente associados a posição supina. Sendo assim, sem dúvidas se beneficiaria desse tratamento.
Se você optar por entrar com recurso, segue a sugestão abaixo:
Prezada banca,
O caso demonstra um paciente com roncos e polissonografia sem critérios para SAOS (IAH = 3,8), mas com padrão posicional evidente (IAH supino = 10,4; IAH não-supino = 1,7). Estes achados são compatíveis com quadro de ronco primário com padrão posicional, o que permite considerar a terapia posicional como conduta válida.
Solicita-se, portanto, a aceitação da TERAPIA POSICIONAL como alternativa correta.
33. ESTOMATOLOGIA:
AVALIAÇÃO DE ANULAÇÃO:
TRECHO: “O diagnóstico do pênfigo vulgar deve ser confirmado pelo exame de imunofluorescência direta do tecido perilesional fresco ou do tecido acondicionado em solução de Michel. Com este procedimento, anticorpos (normalmente IgG ou IgM) e componentes do sistema complemento (normalmente C3) podem ser demonstrados nos espaços intercelulares entre as células epiteliais (Fig. 16-56) em quase todos os pacientes com essa doença. A imunofluorescência indireta é também tipicamente positiva em 80% a 90% dos casos, demonstrando a presença de autoanticorpos circulantes no soro do paciente. Da mesma forma, o ensaio de imunoabsorbância ligado à enzima (ELISA) pode ser utilizado para detectar autoanticorpos circulantes.”
Livro: Neville. Capitulo: Doenças dermatológicas
Questionamento: Dá para pedir anulação, já que no Neville ele orienta sobre pênfigo vulgar e não penfigóide bolhoso (diagnostico já estabelecido na questão)?
Pesquisando encontrei essa informação no Tratado, encontrei no capítulo 88:
O meio ideal para envio da amostra de biópsia para imunofluorescência direta no diagnóstico de penfigoide bolhoso é o meio de Michel. Esse meio é considerado ideal porque preserva os imunorreagentes aderidos ao tecido, permitindo uma marcação eficaz na imunofluorescência.
Então, dificilmente a banca aceitaria anulação da questão.
QUESTÃO 28. ESTOMATOLOGIA:
RESPOSTA PARA AVALIAÇÃO DE CONSIDERAÇÃO:
– FLUCONAZOL ORAL
TRECHO:
“O fluconazol é uma alternativa menos tóxica e utilizada na dose de 200 mg ao dia por 14 dias. É uma droga classificada como risco C para gestantes e apresenta menor índice de interação com outras drogas do que o cetoconazol. Há risco de hepatotoxicidade.”
Capitulo: Lesões brancas de boca Subitem: Tratamentos tópicos
É viável sim!
Solicito a revisão da questão referente ao tratamento da candidíase oral, pois o gabarito desconsiderou o fluconazol como uma opção correta. No entanto, segundo Patologia Oral e Maxilofacial (Neville et al.), o fluconazol é indicado como agente antifúngico sistêmico para candidíase oral, especialmente em casos de maior gravidade, imunossupressão ou falha de tratamentos tópicos. O próprio texto recomenda: “Para candidíase oral: dois tabletes (200 mg) no 1º dia e depois 1 tablete (100 mg) diariamente por 1 a 2 semanas”. Ainda afirma que o fluconazol é mais eficaz que o cetoconazol, sendo bem absorvido por via oral e de uso prático. Assim, é correto afirmar que o fluconazol constitui uma droga de primeira escolha em contextos específicos da prática clínica. Deste modo, solicita-se a anulação da questão ou a inclusão do fluconazol como alternativa correta, conforme a referência.
Referência:
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. p. 223-224